|

Rio: Exército subirá morros, mas não entrará em casas, diz Jobim









Ministro da Defesa e governador do Rio anunciam que Força fica em favelas por tempo indeterminado.

Exército fará ações de patrulha e revista em ruas e caberá à PM realizar apreensões e buscas em residências.


Janaina Lage.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciaram ontem que o Exército permanecerá no Rio por tempo indeterminado, conforme a Folha antecipou, e poderá fazer operações de patrulha, revista e prisão em flagrante em operações nos Complexos do Alemão e da Penha.

Nesta segunda fase da ação, os militares assumem o comando da Força de Paz, mas não podem entrar nas casas dos moradores.

A solução é um meio termo entre o que queriam as duas partes. Cabral desejava uma participação efetiva do Exército na ocupação das favelas, liberando os policiais militares para outras funções.


Mas havia resistência das Forças Armadas para desempenhar papel de polícia, algo não previsto na Constituição.


Após reunião de uma hora e meia no Palácio Guanabara, com a participação dos comandantes Enzo Peri (Exército), Julio Moura Neto (Marinha) e Juniti Saito (Aeronáutica), Jobim apresentou a nova diretriz sobre o emprego temporário das Forças Armadas no Rio.


A Força de Paz contará também com as polícias Civil e Militar. "Os efetivos estaduais civis e militares terão seus comandantes intermediários, que estarão submetidos ao comando militar", explicou Jobim.

O ministro negou qualquer desconforto dos militares sobre a fixação de um prazo de permanência. Segundo ele, condições específicas vão determinar o tempo da ação. Cabral havia pedido que as Forças Armadas permanecessem até outubro de 2011.

"Se definir com antecedência um certo tipo de conduta que é inadequada, você depois tem de fazer mudanças. Por isto essa diretriz é aberta. Nos níveis operacional e tático, são de competência do general Adriano [Pereira Júnior, comandante Militar do Leste] e do âmbito do Exército", disse.


O tamanho do efetivo e o comandante da operação ainda não foram definidos.


Na primeira fase, quando o papel do Exército era o de preservar o perímetro do Complexo do Alemão, foram empregados 800 homens.


Segundo Cabral, na fase de transição o Bope (Batalhão de Operações Especiais) permanecerá no local, juntamente com o Batalhão Florestal e o Batalhão de Choque.


O comandante da PM, Mario Sergio Duarte, também constituiu três batalhões de campanha para atuar transitoriamente.


O andamento da operação será informado por meio de relatórios mensais ao governador e ao ministro pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO, via NOTIMP




Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented