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Aeroportos: Operação padrão deve afetar passageiros hoje






Ontem, no primeiro dia de mobilização dos aeroviários por melhores salários, os aeroportos não registraram atrasos muito acima da média.

Expectativa é que reflexo se agrave com o tempo.

O diretor-executivo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (que reúne pilotos e comissários), Leonardo Souza, estima que cerca de 75% a 80% dos funcionários das empresas aéreas tenham aderido à “operação não-colaboração”, espécie de operação padrão que começou ontem, nos aeroportos de todo País. A medida foi tomada para pressionar as empresas a conceder um reajuste salarial maior às categorias e evitar a mudança da data-base, mês de negociação salarial. A expectativa é que os passageiros comecem a sentir com mais intensidade os efeitos da mobilização a partir de hoje. Apesar disso, ontem, em alguns horários, foi possível constatar espera por parte dos passageiros.

Da meia-noite às 14h de ontem 8,3% dos 1372 voos domésticos programados atrasaram e 4,5% foram cancelados. Nos voos internacionais, 11,7% dos 94 voos programados saíram depois do horário e 6,4% foram cancelados. A “operação não-colaboração” deve continuar até o dia 9 de dezembro, quando os funcionários das companhias aéreas farão nova assembleia. No dia 8 eles terão reunião com as empresas.

No Aeroporto Internacional do Recife a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) afirmou que a movimentação esteve dentro da normalidade, não sofrendo consequências da operação-padrão. Até as 17h, dos 77 voos domésticos, 9 sofreram atraso (11,5). As companhias aéreas não registraram nenhuma situação atípica até o momento. Segundo o diretor do Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco, Sérgio Ricardo Sampaio, a categoria do Estado ainda não aderiu à operação-padrão.

A operação padrão, segundo os sindicatos, consiste em seguir à risca às regras aeroportuárias, sem tomar medidas para agilizar as operações. Com isso, os serviços em solo ficarão mais lentos. Como medidas que, segundo os sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas, estão sendo tomadas, estão: movimentação de carros que levam malas a 20 km/h, em vez dos 60 km/h comuns em alguns terminais e pesagem individual de malas. Além disso, comissários e pilotos foram orientados a se recusarem a fazer pousos e decolagens extras, além dos seis diários determinados na lei. “Esse foi o meio que achamos de prejudicar menos os usuários, que já vêm sofrendo com a falta de organização das empresas”, disse Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional de Aeroviários. Os funcionários que atuam em solo nos aeroportos e companhias aéreas também aderiram, mas o Sindicato Nacional de Aeroviários não soube informar o percentual de adesão.

A INFRAERO e a Agência Nacional de Aviação Civil informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que o número de voos atrasados e cancelados nos aeroportos brasileiros estavam ontem dentro do normal, apesar da operação padrão que está sendo realizada por funcionários das empresas aéreas.

Os dois sindicatos acreditam que o impacto da operação padrão será sentido com mais força a partir de hoje pelos passageiros, com atrasos de até duas horas num voo que sai de Porto Alegre e vai para Recife, passando pelo Rio e Brasília. Os aeroportos com maior fluxo de voos devem ser os mais afetados. A operação padrão, segundo os sindicatos, consiste em seguir à risca às regras aeroportuárias, sem tomar medidas para agilizar as operações. Com isso, os serviços em solo ficarão mais lentos.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP




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