Star Alliance: Força aérea
Como a Star Alliance ocupou a América Central ao cooptar duas companhias que concorrem entre si: Avianca-Taca e Copa Airlines
Edson Franco
Até o ano passado, os executivos da Star Alliance olhavam para o mapa-múndi com certa decepção. Naquele emaranhado de linhas coloridas que indica os locais atendidos pela associação de companhias aéreas, havia um enorme vazio sobre a América Latina.
O buraco começou a ser coberto em maio deste ano, quando a brasileira TAM entrou para o clube. Na semana passada, as empresas Avianca-Taca e Copa Airlines também aderiram, fazendo com que, agora, curvas coloridas fossem desenhadas com compasso sobre toda a América Central e o Caribe.O anúncio da entrada dos novos sócios aconteceu na quarta-feira 10, em Miami. Entre os discursos, fizeram falta as palavras de José Efromovich, cidadão brasileiro e colombiano, um dos controladores do Synergy, grupo que tem sede no Rio de Janeiro e controla a Avianca-Taca.
No lugar dele, falou o CEO Fabio Villegas Ramírez, que comemorou o fato de a empresa ter 14 voos semanais entre a Colômbia e o Brasil e foi lacônico ao explicar como duas empresas que disputam ferrenhamente o mercado caribenho vão se entender agora que fazem parte da mesma aliança: “Vamos nos esforçar para desenvolver uma parceria com a Copa de um modo que beneficie os nossos clientes.”
Com uma frota de 129 aeronaves que passeiam por 109 destinos, a Avianca-Taca possui quatro grandes hubs (aeroportos centrais), no Peru, na Colômbia, em El Salvador e na Costa Rica. A partir deles, chega a locais bem conhecidos pelos pilotos da Copa, empresa que aposta na localização da sede da empresa como um dos seus trunfos. “Historicamente, o Panamá sempre foi o hub da América.
E isso faz de nós candidatos preferenciais para virar a conexão preferida no continente”, diz Joe Mohan, vice-presidente comercial da empresa. O problema é que a meta da Avianca-Taca não é muito diferente dessa. Segundo seu CEO, a ideia é fazer da empresa a companhia predileta na América Central. Quem chegará lá?
Fonte: REVISTA ISTO É, via NOTIMP