Ministro da Defesa garante segurança na Copa e nas Olimpíadas do Rio
Nelson Jobim disse que os eventos esportivos colocam o Brasil no centro das atenções
Carlyle Jr
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na noite desta quarta-feira (3) que a segurança nacional está garantida para a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos jogos olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Jobim revelou que o país se prepara até mesmo para se ver livre de possíveis ameaças terroristas durante os eventos esportivos.
- As Olimpíadas, a copa do mundo e das confederações colocam o Brasil no centro das atenções.
Em entrevista na abertura da sétima conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, Nelson Jobim afirmou que a vitória da petista Dilma Rousseff à presidência não garante a sua permanência no comando do ministério da Defesa. Mas ele confirmou que deve se reunir com o presidente Lula e Dilma para discutir assuntos pendentes para o próximo governo. Entre eles, Jobim destacou a compra dos 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira).
- Não estamos somente comprando aviões. Trata-se de transferência de tecnologia para equipar as Forças Armadas. Se tomada a decisão até o fim do ano, esse processo provavelmente vai se estender até outubro, novembro de 2011.
Fabricantes da França, Estados Unidos e Suécia estão na disputa para vender as aeronaves ao governo brasileiro. Jobim explicou que, depois de escolhida a empresa, o ministério da Defesa iniciará uma série de discussões técnicas para estabelecer as exigências que assegurem a capacitação tecnológica do Brasil.
- Só se saberá se a empresa escolhida vai cumprir ou não as exigências quando sentarmos para assinar o contrato.
No evento sobre segurança nos países da América do Sul e Europa, Nelson Jobim dividiu a mesa de debates com o ministro da Defesa do Chile, Jaime Ravinet, e com o ex-diretor do comitê da Otan (Tratado do Atlântico Norte), o general Klauss Naumann. Jobim fez duras críticas à política internacional dos Estados Unidos. Ele afirmou que o Brasil rejeita qualquer interferência americana, por meio da Otan, no sul do oceano Atlântico.
- Não há diálogo com os Estados Unidos enquanto eles não assinarem a convenção dos Direitos do Mar da ONU (Organização das Nações Unidas).
De acordo com Jobim, os direitos brasileiros sobre os fundos marinhos que garantem a exploração do pré-sal dentro da margem de 350 milhas a partir do litoral estão no documento da ONU. E para ele, “só é possível conversar com um país que respeite essa regra”.
- O Brasil é um país que ama a paz, mas não significa que somos incapazes de defender os nossos interesses.
Fonte: PORTAL R7, via NOTIMP