Futuros oficiais realizam visita técnica em centros de controle do espaço aéreo nos Estados Unidos
Pelo segundo ano consecutivo, militares que realizam o Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE) no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) tem a oportunidade de conhecer o trabalho realizado por instituições norte-americanas, em um intercâmbio de conhecimentos, que ocorre de 17 a 19 de novembro. “Como oficiais, os militares exercerão cargos de chefia e deverão ter maior capacidade de argumentação e investigação, bem como mais autonomia intelectual”, disse o coronel. Na próxima sexta-feira (19), os alunos irão conhecer o Air Route Traffic Control Center (ARTCC), localizados em Hilliard, um dos centros de controle de área, e visitarão os setores de simulação de controle, a área operacional, o setor de meteorologia e a célula de gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo, responsável por organizar o movimento das aeronaves antes mesmo da decolagem. “É uma oportunidade única de conhecer o nível de tecnologia de uma base norte-americana, como se processam as informações e como é o cotidiano da Unidade. Ver a forma de atuação e coordenação das ações no gerenciamento de fluxo de aeronaves ajudará a melhorar minha atuação como oficial de tráfego aéreo”, explica o aluno Fortes. O curso, que abrange Instruções nos Campos Geral, Militar e Técnico-Especializado, prepara os alunos para o exercício da liderança e proporciona um aprofundamento teórico e prático em cada especialidade, tornando os novos oficiais aptos para o exercício de funções de chefia na área técnica. Após a conclusão do curso, é conferido ao militar o diploma de conclusão do Curso Superior de Tecnologia, reconhecido pelo MEC, na especialidade cursada, e o militar passa a integrar o Corpo de Oficiais da Ativa da Aeronáutica, podendo alcançar o posto de Coronel. A solenidade de formatura dos novos oficiais, que realizam o curso no CIAAR desde janeiro de 2009, será realizada no dia 7 de dezembro.
A atividade, que faz parte da capacitação dos futuros oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB), tem o objetivo de proporcionar aos alunos a ampliação dos conhecimentos do papel das organizações civis e militares norte-americanas no preparo e emprego de unidade aérea e do controle do espaço aéreo nos Estados Unidos. visando, por fim, o aperfeiçoamento das funções de gerência de processos e pessoas dos militares que atuam no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
Para o comandante do Corpo de Alunos do CIAAR, Coronel Aviador Daniel Veiga, é de extrema importância que os alunos conheçam, no período de formação, organizações militares de outros países, pois a experiência proporciona uma visão mais ampla do papel de outras Forças no preparo e emprego de unidade aérea e de controle do espaço aéreo.
Os alunos visitaram, na quarta-feira (17), a Naval Air Station (NAS), base naval responsável, entre outras atividades, pela manutenção de diversas aeronaves, como a P-3 ORION da Marinha Americana. A NAS também tem a atribuição de coordenar operações que envolvem diversas aeronaves e embarcações marítimas. No mesmo dia, conheceram o Terminal Radar Approach Control (TRACON) em Jacksonville - um dos Controles de Aproximação americano, responsável pela maior área em extensão continental nos Estados Unidos.
Para o aluno do CFOE Gustavo Vieira Fortes, controlador de tráfego aéreo, a oportunidade de visitar um órgão de controle de um país de primeiro mundo e observar como os especialistas norte-americanos lidam com um grande volume de tráfegos irá aperfeiçoar o seu conhecimento técnico.
Saiba mais sobre o CFOE
Os oficiais especialistas compõem um grupo especial de militares responsáveis pelas atividades operacionais da Força Aérea, que são divididas nas especialidades de Aviões, Armamento, Comunicações, Controle de Tráfego Aéreo, Fotografia, Meteorologia e Suprimento da Aeronáutica. Para ingressar no CFOE, que tem duração de 2 anos, o militar da ativa deve ser aprovado no Exame de Seleção, realizado anualmente, e possuir, entre outros pré-requisitos, ensino médio completo e, no mínimo, dez anos de serviço no Quadro de Suboficiais e Sargentos (QSS).