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EADS divulga resultados de três trimestres de 2010








  • Encomendas significativas de € 57,7 bilhões impulsionadas pela Airbus
  • Taxa de produção de aeronaves de longo alcance aumenta para 9 aviões por mês no primeiro trimestre de 2012
  • Faturamento de € 31,6 bilhões
  • EBIT* de € 800 milhões
  • Lucro Líquido: € 198 milhões
  • Caixa Líquido de € 10,3 bilhões: melhor que o esperado, um ativo essencial
  • Aumentam as previsões para o Fluxo de Caixa Livre

O ambiente macroeconômico e comercial da EADS(símbolo na bolsa: EAD) continua a melhorar graças à crescente demanda por aeronaves. Os mercados institucionais, incluindo helicópteros, defesa e orçamentos públicos precisam ser monitorados. No final de setembro, a entrada de pedidos, da ordem de € 57,7 bilhões, espelha a melhora na dinâmica da aviação comercial. A carteira de pedidos da EADS é de mais de € 426 bilhões e fornece uma plataforma sólida para entregas futuras. O montante das receitas da EADS é de € 31,6 bilhões. O EBIT* de € 0,8 bilhões foi beneficiado pelo desempenho de programas tradicionais da Airbus e outras atividades de negócio da empresa. O EBIT* ascendeu a € 784 milhões. A posição de Caixa Líquido de € 10,3 bilhões é melhor do que o esperado, graças ao melhor desempenho financeiro e um escalonamento favorável. Trata-se de um ativo essencial para promover o crescimento futuro.

"O setor de aviação comercial continua a sua ascensão, que começa a se refletir nos resultados dos nove meses. Dentro deste ambiente mais favorável, a produção do A380 está evoluindo visivelmente e a fabricação do A350 já começou. “Eu quero expressar nossa gratidão às nações clientes do A400M que nos apoiaram para chegar a um acordo ", disse Louis Gallois, presidente da EADS. "Ao mesmo tempo, algumas revisões de orçamento em nossos países de origem ainda não estão totalmente concluídas; por isso permaneceremos atentos aos desafios que podem surgir para os nossos negócios com clientes governamentais. Olhando para a frente, além de 2011, há uma retomada no negócio de aviões comerciais que deve orientar a melhoria da rentabilidade do grupo. No médio prazo, com as atuais taxas de câmbio, a Airbus deverá melhorar significativamente a sua rentabilidade, graças a melhores volumes e preços, e a aperfeiçoamentos no desempenho econômico do A380."

Nos primeiros nove meses, as receitas da EADS aumentaram para € 31,6 bilhões (3º trimestre de 2009: € 29,7 bilhões), graças ao crescimento de volume e a um mix de produtos nas principais atividades do Grupo. As entregas físicas permaneceram a um nível elevado, com 380 aeronaves comerciais da Airbus, 367 helicópteros da Eurocopter e o 38º lançamento consecutivo do Ariane 5. A metodologia de percentual-de-conclusão foi retomada no programa A400M. Até o final do setembro, com base na atribuição de metas internas, cerca de € 500 milhões em receitas foram registrados no programa. A EADS concluiu negociações globais com as nações clientes sobre o A400M. Para o ano de 2009, o cálculo disponível para o A400M permanece válido. Os pagamentos governamentais tem um efeito retroativo maior maior que o esperado após a assinatura do acordo de princípios em março de 2010. As negociações sobre programas de crédito à exportação (ELF) deverão estar concluídas antes do final do ano. Uma vez que sejam obtidas as aprovações parlamentares, o acordo passará a ser obrigatório. Enquanto isso, o programa de ensaios em vôo do A400M está progredindo melhor que o esperado e a quarta aeronave deverá juntar-se aos testes de vôo antes do final do ano.


O EBIT* - um indicador que capta a margem de negócio, excluindo despesas não recorrentes ou lucros causados por movimentos de provisões ou impactos cambiais - situou-se em € 800 milhões (3º trimestre de 2009: € 1,7 bilhão) para a EADS e cerca de € 300 milhões para a Airbus, resultado do bom desempenho dos programas tradicionaisda Airbus e das atividades principais de outras divisões. Como era esperado, o A380 continua a ter um peso significativo sobre o desempenho. Em comparação aos nove primeiros meses de 2009, o EBIT* foi principalmente oprimido pela deterioração das taxas de hedge e um maior investimento em Pesquisa & Desenvolvimento.


O EBIT* relatado pela EADS situou-se em € 784 milhões (3º trimestre de 2009: € 1.089 milhões).


O Lucro Líquido totalizou € 198 milhões (3º trimestre de 2009: € 291 milhões), ou seja, um lucro por ação de € 0,24 (lucro por ação 3º trimestre de 2009: € 0,36). O resultado financeiro totaliza € -452 milhões (3º trimestre de 2009: € -615 milhões). O resultado de juros de € -176 milhões (3º trimestre de 2009: € -89 milhões) reflete o declínio nas taxas de juros nos mercados financeiros. Outros resultados financeiros contabilizam € -276 milhões (3º trimestre de 2009: € -526 milhões). A melhora ano a ano é devida a uma positiva

revalorização dos ativos líquidos em dólar e em libras esterlinas e à reavaliação dos instrumentos financeiros.


As despesas com Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) auto-financiadas atingiram € 2,038 milhões (3º trimestre de 2009: € 1,834 milhões) e foram impulsionadas pelo aumento da Airbus devido a um aumento nas atividades do A350 XWB, bem como por maiores investimentos em produtos da Cassidian, como Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) e Sistemas, e em toda a gama de produtos da Eurocopter. No futuro, as despesas com P&D devem aumentar na Airbus, Eurocopter e Cassidian.


O Fluxo de Caixa Livre antes do financiamento de clientes de € 882 milhões (3º trimestre de 2009: € -892 milhões) foi beneficiado com a entrada de novos pedidos e um elevado volume das entregas, incluindo 14 A380, bem como um fluxo de pagamentos escalonado favorável. Receitas provenientes de programas governamentais compensaram, em linhas gerais, os atrasos de pagamentos. Na Airbus, os estoques mantiveram-se estáveis nos primeiros nove meses de 2010. Os resultados de nove meses de 2009 incluíram um aumento da produção para o A380, mas um baixo nível de entregas da aeronave, bem como um descompasso entre produção e taxas de entrega para aviões de corredor único e de longo alcance. Os avanços ligados à atividade comercial da Airbus foram superiores aos de um ano atrás, refletindo o aumento nas entregas e encomendas de aviões comerciais. Essa evolução positiva foi mais do que compensada pelos ingressos mais baixos da Astrium e Cassidian.


Nos primeiros nove meses, a saída líquida de financiamento dos clientes foi inferior ao esperado, em torno de € -90 milhões, devido a uma combinação de aumento nas locações e recuperação do mercado bancário. O terceiro trimestre incluiu três arrendamentos operacionais do A320. O Fluxo de Caixa Livre depois do financiamento a clientes ascendeu a € 791 milhões (3º trimestre de 2009: -1,182 € bilhão).


A posição de caixa líquido da EADS foi de € 10,3 bilhões (no final de 2009: € 9,8 bilhões), depois de uma contribuição de € 300 milhões a fundos de pensões. O resultado continua a oferecer uma base sólida para as necessidades operacionais do Grupo, bem como para o crescimento futuro.


As encomendas da EADS aumentaram significativamente, para € 57,7 bilhões, em comparação com um ano atrás (3º trimestre de 2009: € 24,6 bilhões), principalmente devido a pedidos de aeronaves comerciais. Até o final de setembro de 2010, a carteira de pedidos da EADS estava robusta, com € 426,4 bilhões (final do ano de 2009: € 389,1 bilhões), refletindo principalmente aumentos na Airbus e na Astrium. A carteira de encomendas da Airbus Comercial beneficiou-se com o impacto de uma reavaliação positiva de cerca de € 18 bilhões devido à taxa de câmbio de fechamento do dólar dos EUA, que se fortaleceu significativamente desde o final do ano. A carteira de pedidos de Defesa ficou em € 56,4 bilhões (final do ano de 2009: € 57,3 bilhões).


No final de setembro de 2010, o total de trabalhadores da EADS somou 120.580 funcionários (final do ano de 2009: 119.506).

Perspectivas


Em 2010, as encomendas brutas da Airbus deverão chegar a até 500 aeronaves, graças à recuperação comercial, e as entregas da Airbus devem se situar pouco acima de 500.


As previsões da EADS baseiam-se na expectativa de uma taxa média de € 1 = US$ 1,35 para o quarto trimestre de 2010 e no final do ano.


O faturamento da EADS deve ser superior a € 44 bilhões.


Com pouco mais de 500 entregas, a EADS confirma sua previsão para um EBIT* em torno de € 1,2 bilhão.


Projetando para o futuro, o comportamento do EBIT* da EADS dependerá da capacidade do Grupo em executar os programas do A400M, A380 e A350 XWB em consonância com os compromissos assumidos com seus clientes.

Com base nas expectativas da taxa de câmbio acima, a EADS aumentará sua previsão para um EBIT* para pelo menos € 1,1 bilhão.

A EADS aumentará também a sua previsão para o Fluxo de Caixa Livre. Desde que haja entrada de caixa sustentável no final do ano nos negócios institucionais e governamentais, o Fluxo de Caixa Livre antes do financiamento ao cliente deve se situar em torno de € 1 bilhão e o Fluxo de Caixa Livre depois do financiamento ao cliente deve ser superior a € 800 milhões, em comparação com a saída de caixa livre anteriormente prevista, de cerca de € -600 milhões.

Divisões da EADS se beneficiam da melhoria do ambiente comercial e monitoram de perto as revisões de orçamentos governamentais


As receitas consolidadas da Airbus de € 21,740 bilhões aumentaram 8% em relação ao mesmo período do ano passado (3º trimestre de 2009: € 20,193 bilhões). O EBIT* consolidado da Airbus atingiu € 296 milhões (3º trimestre de 2009: € 523 milhões).


As receitas da Airbus Comercial totalizaram € 20,446 bilhões (3º trimestre de 2009: € 18,949 bilhões). As entregas aumentaram para 380 aeronaves comerciais, das quais 376 representaram um reconhecimento de receita (3º trimestre de 2009: 358 aeronaves). Em comparação com um ano atrás, as receitas da Airbus Comercial refletiram um volume favorável e o efeito de um mix que inclui um maior número de entregas do A380. O impacto negativo do câmbio foi de cerca de € 600 milhões. Dois aviões de corredor único e duas aeronaves A330-200 foram entregues em regime de locação operacional nos nove meses, portanto, não contam para o reconhecimento das receitas e margens. Três das cinco aeronaves de corredor único entregues em regime de locação operacional no primeiro semestre de 2010 já foram vendidas no mercado, gerando reconhecimento de receitas e de margem no trimestre, elevando as entregas totais e o reconhecimento de receitas a 131 aeronaves no terceiro trimestre. Devido à melhora no ambiente comercial, a Airbus está aumentando as taxas de produção de aeronaves de longo alcance para 9 por mês no primeiro trimestre de 2012. O EBIT* da Airbus Comercial decresceu para € 328 milhões em comparação com € 743 milhões nos nove primeiros meses de 2009. A redução foi impulsionada pelo impacto negativo dos efeitos do câmbio, em torno de € -0,5 bilhão. O impacto favorável de maiores volumes, mix favorável, melhoria de preços e redução de custos foi diminuido devido a uma previsão maior em P&D do programa A350 XWB e maiores custos não previstos, incluindo um fluxo de pagamentos escalonado menos favorável em relação a 2009. Como era esperado, o A380 continua ter um peso significativo para o desempenho básico.

As receitas da Airbus Military chegaram a € 1,540 bilhão (3º trimestre de 2009: € 1,637 bilhão), beneficiando-se de um maior reconhecimento de receitas do A400M, de cerca de € 100 milhões, mas compensadas por menores receitas em aeronaves de reabastecimento e em aviões médios e leves (M&L). Com relação ao A400M, com o retorno da metodologia de percentual-de-conclusão, as metas internas alcançadas em 2010 proporcionaram receitas em torno de € 500 milhões. As entregas totalizaram 13 aeronaves médias e leves (3º trimestre de 2009: 10 aeronaves). O EBIT* da Airbus Military foi de € -35 milhões (3º trimestre de 2009: € -216 milhões, reduzido pela provisão para o A400M). O resultado reflete uma boa atividade no negócio de aviões militares. No programa do A400M, as perdas referentes a 2010, de aproximadamente € -60 milhões, refletem um efeito negativo do câmbio e um deficit na recuperação dos custos fixos.


Sinalizando uma nítida reativação da indústria aeronáutica, a Airbus recebeu 379 pedidos comerciais brutos (3º trimestre de 2009: 149) até 30 de setembro, 328 pedidos líquidos de aeronaves – incluindo 32 unidades adicionais do A380 e 53 do A350 XWB –, trazendo o total de pedidos do A350 XWB para 558 aeronaves.

A entrada de pedidos está bem acima dos níveis de 2009, o que demonstra a continuada propensão de crescimento pelos países emergentes e o reaquecimento do mercado de arrendamento de aeronaves. A Airbus Military registrou encomendas de 11 aeronaves nos nove meses de 2010.


A produção do A380 está visivelmente evoluindo bem: pela primeira vez três aeronaves A380 foram entregues a cada mês, em julho e agosto. Na sequência do evento no motor do A380 da Qantas em Cingapura, em 4 de novembro de 2010, uma investigação internacional foi iniciada no âmbito das recomendações do Anexo 13 da Organização Internacional de Aviação Civil. Esta investigação está em curso.


O programa de produção do A350 XWB está avançando: no terceiro trimestre começou a fabricação das estruturas superior e inferior e da caixa central da asa. A instalação de testes dos sistemas do trem de pouso também começou a operar durante o trimestre. O desenvolvimento do programa ainda representa um desafio. A EADS está estudando a entrada em serviço da aeronave no segundo semestre de 2013 e, nesta fase, espera conduzir o gerenciamento desse objetivo sem impacto financeiro significativo.


Um novo capítulo no mercado de aeronaves de carga foi iniciado quando o primeiro A330-200F foi entregue à Etihad Crystal Cargo no verão; quatro aviões foram entregues até o final de setembro.

Na Airbus Military, o programa de testes do A400M continua proporcionando resultados melhores do que os esperados; a frota de três aviões acumulou 765 horas de voo, em 230 voos até o início de novembro. A campanha de carga máxima foi concluída com o modelo estático e a quarta aeronave deve se juntar aos testes de voo antes do final de 2010. Um progresso considerável tem sido feito no negócio de aeronaves de reabastecimento: o A330 Multi Role Tanker Transport (MRTT) obteve a certificação militar por parte das autoridades espanholas, preparando o caminho para a primeira entrega para a Força Aérea Real Australiana. Um primeiro vôo bem sucedido do futuro avião tanque estratégico (FSTA) para a Força Aérea Real Britânica foi realizado em setembro.

A partir de 30 de setembro de 2010, a carteira consolidada de pedidos da Airbus foi avaliada em € 377,3 bilhões (final do ano de 2009: € 339,7 bilhões). A Airbus Comercial foi responsável por € 358,1 bilhões (final do ano de 2009: € 320,3 bilhões), que equivalem a 3.436 unidades (final do ano de 2009: 3.488 aeronaves), depois de uma reavaliação do impacto positivo de cerca de € 18 bilhões devido à taxa de câmbio de fechamento do dólar dos EUA, que se fortaleceu significativamente desde o final do ano passado. A carteira de encomendas da Airbus Military manteve-se estável em € 20,6 bilhões (no final do ano de 2009: € 20,7 bilhões).


Nos primeiros nove meses de 2010, as receitas da Eurocopter ascenderam para € 3,085 milhões (3º trimestre de 2009: € 3,039 milhões). As receitas refletem uma maior atividade para o NH90, um mix favorável devido ao progresso no helicóptero utilitário coreano (KUH), mas são pressionadas por menores entregas de helicópteros comerciais. O EBIT* da Divisão diminuiu para € 121 milhões (3º trimestre de 2009:

€ 165 milhões), impulsionado por um ajuste da carga e da margem sobre o programa NH90 e um encargo de reestruturação, bem como um investimento mais elevado feito no produto. Um efeito positivo ligado a um marco técnico foi registrado no programa do KUH. No primeiro semestre de 2010, NH90, KUH e efeitos não recorrentes foram registrados.


A Eurocopter realizou com sucesso, em setembro, o primeiro vôo do seudemonstradorX3, abrindo novas perspectivas de longo prazo para clientes de helicópteros de longo alcance e alta velocidade. A Eurocopter e a japonesa Kawasaki Heavy Industries Aerospace Company renovaram o seu acordo de cooperação para o desenvolvimento e fabricação do EC145, construído ao longo de mais de 30 anos de parceria bem sucedida.


Nos primeiros nove meses a Eurocopter constatou o início de uma tendência positiva de pedidos, com 230 encomendas líquidas registradas, em comparação com 179 durante o mesmo período do ano passado. Contratos registrados no terceiro trimestre incluem 12 pedidos do EC725 para o Ministério da Defesa da Malásia. A tendência de cancelamento é de desaceleração, com 38 cancelamentos até o final de setembro, em comparação com 79 no mesmo período do ano passado. A recuperação no mercado civil é lenta, devido a uma alta no número de helicópteros de segunda mão no mercado. A Eurocopter, proativamente, começou a se adaptar a este desafio através do lançamento de seu programa SHAPE, em abril. Progressos têm sido feitos quanto à redução da mão de obra temporária e despesas gerais. As entregas nos primeiros nove meses totalizaram 367 helicópteros (3º trimestre de 2009: 392 entregas), incluindo 19 helicópteros NH90 e sete Tigres.Um progresso significativo foi feito no NH90, com dez entregas no terceiro trimestre.

A carteira de pedidos da Eurocopter ficou estável em € 15,0 bilhões (final de 2009: € 15,1 bilhões), com 1.166 helicópteros (final do ano de 2009: 1.303 helicópteros)


As receitas da Astrium nos primeiros nove meses mantiveram-se em € 3,226 bilhões (
3º trimestre de 2009: € 3.228 bilhões), apesar de um efeito não recorrente de revalorização em 2009. Elas refletem os efeitos positivos de volume em todas as atividades principais, impulsionados por um forte padrão de entregas. O EBIT* melhorou 2%, para € 158 milhões (3º trimestre de 2009: € 155 milhões), graças ao crescimento e à produtividade nas atividades institucionais e serviços de telecomunicações militares, reduzido pela menor atividade nos satélites de navegação e serviços de observação da Terra.

Durante o terceiro trimestre a Astrium alcançou o 38º lançamento consecutivo bem sucedido do Ariane 5, bem como o lançamento do satélite de observação da Terra ALSAT-2A, construído pela Astrium para a Agência Espacial da Argélia. Durante o verão, foi realizado com sucesso o Lançamento de Aceitação do M51. Além disso, a Astrium fez um acordo de parceria exclusiva com ScanEx para distribuição de direitos dos satélites Spot 6 e 7.


Os pedidos da Astrium atingiram € 3,8 bilhões nos nove primeiros meses de 2010, demonstrando dinamismo de forma continuada, tanto comercial como com clientes institucionais, apesar da concorrência crescente em todos os segmentos de negócio. No entanto, foi significativamente menor do que nos primeiros nove meses de 2009 (€ 7,0 bilhões), incluindo um lote de 35 lançadores do Ariane 5 PB. Novos pedidos registrados no trimestre incluem a evolução do contrato do M51.2 com a Agência de Compras de Defesa (DGA) francesa. No final de setembro de 2010, a carteira de encomendas da Astrium aumentou para € 15,3 bilhões (final de 2009: € 14,7 bilhões).


Nos primeiros nove meses de 2010, as receitas da Cassidian foram de € 3,470 bilhões - um aumento de 5% em relação ao ano anterior (3º trimestre de 2009:
€ 3,296 bilhões). As receitas refletem um maior volume das atividades básicas e da exportação do Eurofighter e do programa de mísseis. O EBIT* totalizou € 204 milhões (3º trimestre de 2009: € 220 milhões), refletindo um crescimento nas margens de programas maduros, mais do que compensados por um crescimento significativo nas atividades de P&D auto-financiadas. O investimento está focado principalmente em VANTs e comunicações seguras. No setor de VANTs, a campanha de testes bem sucedida do demonstrador Barracuda está comprovando as fortes capacidades da Divisão no campo dos sistemas não tripulados. A EADS continua investigando os requisitos e soluções de financiamento para o VANT Talarion com os clientes. A EADS continua insistindo na necessidade de um compromisso com o programa por parte dos governos. Olhando para além de 2010, não se deve limitar a pressão de curto prazo sobre o EBIT* da Cassidian resultante de maiores gastos de P&D, um mix de negócios menos favoráveis e restrições de orçamentos dos governos.


A Cassidian adquiriu a empresa britânica Regency IT Consulting, reforçando seus recursos no mercado de segurança cibernética. No seu negócio de mísseis, foi concluída a “Critical Design Review” do sistema MEADS, enquanto em Eletrônics teve início o desenvolvimento de um novo sistema digitalizado de radar Active Electronic Array, o que irá melhorar o potencial de exportação do Eurofighter.


No final de setembro de 2010, a carteira de pedidos da Divisão situou-se em sólidos € 17,8 bilhões (no final de 2009: € 18,8 bilhões). A entrada de pedidos para os primeiros nove meses de 2010 chegou a € 2,6 bilhões (3º trimestre de 2009: € 3,4 bilhões).


Sede e Outros Negócios que não pertencem a nenhuma divisão


As receitas de Outros Negócios aumentaram em 11%, para € 805 milhões (3º trimestre de 2009: € 723 milhões). Esse aumento foi impulsionado por entregas maiores na ATR e por um aumento das entregas do helicóptero utilitário leve (LUH) pela EADS North America. O EBIT* de Outros Negócios se situou em € -6 milhões (3º trimestre de 2009: € 3 milhões), uma vez que a contribuição positiva da Sogerma foi compensada por um impacto cambial negativo da ATR.


Na ATR, os ambientes de mercado e de financiamento estão melhorando. A ATR entregou 35 aviões nos primeiros nove meses (3º trimestre de 2009: 30 aeronaves) e recebeu 63 pedidos de empresas (3º trimestre de 2009: 33 pedidos), bem como 33 opções nos primeiros nove meses. Em setembro, a ATR entregou sua 900ª aeronave, recebida pela companhia aérea brasileira TRIP Linhas Aéreas. No final de setembro de 2010, a carteira de pedidos da ATR ficou em 161 aeronaves.

O aumento na produção do LUH continua progredindo bem, com 36 helicópteros entregues até o final de setembro. Em 30 de setembro de 2010, a carteira de encomendas de Outros Negócios ficou em € 2,2 bilhões (no final do ano de 2009: € 2,0 bilhões).

* A EADS utiliza EBIT e extraordinários como um indicador-chave de seu desempenho econômico. O termo "extraordinários" refere-se a itens tais como depreciação e despesas de ajuste de valores relativos à fusão da EADS, a Airbus e a combinação e a formação da MBDA, bem como respectivos encargos de depreciação.Sobre a EADS

A EADS é líder mundial nos segmentos aeroespacial, de defesa, segurança e serviços relacionados. Em 2009, a EADS faturou € 42,80 bilhões e empregou cerca de 119 mil trabalhadores O Grupo inclui a Airbus, como principal fabricante de aeronaves comerciais e também de reabastecimento, transporte e missão; a Eurocopter, como maior fornecedora mundial de helicópteros; e a Astrium, líder européia em programas espaciais. A Cassidian é uma provedora de soluções de sistemas abrangentes, tornando a EADS a principal parceira do consórcio Eurofighter e acionista da fornecedora de sistemas de mísseis MBDA.

No Brasil, a EADS mantém investimentos há mais de 30 anos, tendo iniciado sua presença por meio da Helibras, subsidiária local da Eurocopter. Também está presente através da EADS Brasil, da EADS Secure Networks Brasil e de escritórios de representação da Airbus Military e da Spot Image. É acionista da Equatorial Sistemas e desenvolve parcerias de longo prazo com clientes como a TAM, Forças Armadas, Polícia Federal, Agência Espacial Brasileira (AEB), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e as forças policiais estaduais.

Fonte: EADS



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