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Dilma acerta permanência de Jobim






Ministro da Defesa do governo Lula e filiado ao PMDB continuará no cargo na gestão da presidente petista.

Em encontro na sexta-feira, Dilma e Jobim acertaram a retirada da área de aviação civil do comando da pasta.

Kennedy Alencar e Valdo Cruz.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, continuará no posto no governo de Dilma Rousseff. A Folha apurou que Jobim recebeu e aceitou o convite da presidente eleita em reunião na sexta-feira. Dilma e Jobim acertaram, nesse encontro, a retirada da área de aviação civil do Ministério da Defesa.

O objetivo de Dilma é remodelar o setor, abrindo o capital à iniciativa privada e acelerando a construção de aeroportos para a Copa-2014 e a Olimpíada-2016.

Como a Folha revelou ontem, será criada uma secretaria especial, provavelmente com status de ministério, para cuidar desses assuntos. Responderão à nova pasta a Infraero, estatal que administra aeroportos, e a Anac, agência reguladora do setor.

O presidente Lula sugeriu a Dilma a manutenção de Jobim, que conduz uma reforma da política de defesa. Para Lula, o passado de guerrilheira de Dilma precisava ser levado em conta. O presidente avalia que uma substituição nessa área poderia gerar atritos com as Forças Armadas e que Jobim tem perfil conservador e agrada aos militares.

Tanto Lula como Dilma acham, também, que Jobim tem atuado bem nas tratativas com as Forças Armadas para dar apoio ao governo do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado.

Mais novidades

Dilma e seus assessores retomam hoje as negociações sobre o primeiro escalão com os partidos aliados -ontem a presidente eleita descansou em Brasília, sem agenda.

Já foram anunciados os quatro principais nomes da área econômica Guido Mantega (Fazenda), Alexandre Tombini (BC), Miriam Belchior (Planejamento) e Luciano Coutinho (BNDES).

Antonio Palocci e Gilberto Carvalho aceitaram convite para o núcleo político -provavelmente na Casa Civil e na Secretaria Geral, respectivamente. Outro nome confirmado é José Eduardo Cardozo, quase certo na Justiça.

Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, é outro ministro que deverá continuar em seu posto. Lula pediu a Dilma que mantenha Fernando Haddad na Educação. A presidente eleita pretende atendê-lo.

No atual desenho do ministério de Dilma, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comandará as Comunicações. André Barbosa, assessor especial da Casa Civil para assuntos de radiodifusão, deverá ser o secretário-executivo da pasta.

Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, também é nome certo no governo. Está cotado para a pasta da Previdência ou para a do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO, via NOTIMP

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Dilma refaz convite e Jobim ficará na Defesa

Primeiro contato foi feito por Antonio Palocci, mas eleita conversou com o ministro em seguida

Indicação reflete o desejo do presidente Lula

Eugênia Lopes

O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), vai permanecer no cargo no governo de Dilma Rousseff. O convite foi feito pela presidente eleita e aceito horas antes de Jobim aparecer em rede nacional chancelando o apoio das Forças Armadas no combate ao crime no Rio de Janeiro. Interlocutores de Dilma informaram que a conversa entre os dois foi "longa e boa".

Jobim já havia sido sondado para permanecer no cargo pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da equipe de transição. Jobim havia questionado quais seriam as condições da permanência e Palocci foi evasivo. Coube a Dilma refazer o convite na sexta-feira.

A presidente eleita quer desidratar o Ministério da Defesa. Ela pretende criar uma pasta específica, com status de ministério, como revelou o Estado, para cuidar dos aeroportos. Essa função hoje é da Infraero, subordinada ao Ministério da Defesa.

A permanência de Jobim na Defesa era um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os peemedebistas já avisaram que Jobim não será uma indicação partidária. No futuro governo, o PMDB espera ficar com pelo menos cinco pastas. Hoje, o partido comanda seis ministérios, além do Banco Central.

À medida que o xadrez político da Esplanada dos Ministérios avança, as lideranças de partidos aliados ficam inquietas sobre como se dá o "leilão". Os principais alvos de cobiça são os ministérios hoje comandados pelo PMDB e PP. As preocupações dos aliados cresceram depois que Dilma decidiu não manter nas pastas os mesmos aliados.

"Essa ideia de que cada um fica onde está não vinga. Esse é o primeiro ano do governo Dilma e ela está montando seu ministério", afirma o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Na arrumação da Esplanada, é o PMDB que corre o risco de perder mais espaço. As pastas das Comunicações e da Integração Nacional, hoje nas mãos de peemedebistas, poderão ficar com o PT e o PSB, respectivamente. Em contrapartida, o Ministério das Cidades, com o PP, poderá ir para o ex-governador Wellington Moreira Franco, do PMDB.

Enquanto os ministérios nas mãos de partidos aliados entram nas negociações, o mesmo não ocorre com as pastas comandadas por petistas. Segundo uma liderança do PMDB, Dilma e seus assessores "só falam em alta rotatividade em ministérios ocupados por aliados, e ninguém fala disso nos 17 ministérios do PT". Para a Previdência, por exemplo, Dilma cogita chamar o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT).

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO, via NOTIMP




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