Editorial: Webjet e a falta de tripulação
Fabio Becherini
Este editor que vos dirige a palavra tende a se inspirar e a escrever quando pego de surpresa por alguma notícia inesperada (obviamente, senão não existiria o elemento surpresa).
Pois bem, e qual não foi minha surpresa hoje ao ver que a Webjet, não mais que de repente, se pois a cancelar vôo após vôo.
A situação ficou insustentácel ao ponto da Anac suspender a venda de bilhetes até que os vôos se normalizem.
A explicação corrente, até agora, é a falta de tripulação para as aeronaves; explicando melhor, as tripulações estavam "estourando" sua quota de horas mensais, de forma que ou voa e paga multa à Anac, ou cancela os vôos, tendo-se portanto optado pela segunda "escolha".
Isso, de certa forma, é novo para o brasileiro, tendo-se ouvido pela primeira vez no final de julho, com o apagão dos vôos da Gol.
A Webjet, que vinha crescendo bem, e chegou a ser a 3a. empresa em participação de mercado, só tendo perdido essa posição em julho passado para a Azul, vem mantendo uma média de 6% de participação, e nada indicava, (até agora), que a empresa esteja em situação difícil.
Há, porém, que se concordar que seu rápido crescimento, não mais que de repente deu uma "resfriada", tendo esse sido o motivo da perda da 3a. colocação; ou seja, a Webjet chegou a 20 (vinte) aeronaves e parou por aí, sendo que a Azul já está com 21 aeronaves e com dezenas de encomendas junto à Embraer e à ATR.
Não querendo ser o alarmista de plantão, esperemos que o ocorrido neste final de mês seja apenas algo passageiro e a Webjet volte rapidamente ao normal e ao crescimento dito "sustentável" ...
Revista Aviação Notícias
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