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EADS divulga resultados do primeiro semestre de 2010






  • Pedidos de € 30,8 bilhões refletem impulso da aviação comercial
  • Produção de aeronaves de corredor único da Airbus atingiu um índice de 40 por mês
  • Receitas estáveis de € 20,3 bilhões
  • EBIT* antes de item único de € 600 milhões
  • EBIT * de € 406 milhões
  • Lucro líquido de € 185 milhões
  • Caixa líquido de € 8,9 bilhões permanece um ativo essencial


O ambiente macroeconômico e comercial da EADS (símbolo na bolsa de valores: EAD) continua a melhorar, embora os desafios permaneçam, em particular no setor institucional. As receitas situaram-se em € 20,3 bilhões. O EBIT* antes de item único de € 600 milhões foi beneficiado por uma boa performance dos programas em andamento da Airbus e outras atividades empresariais. O EBIT* foi a € 406 milhões, após efeitos cambiais excepcionais. Os pedidos da ordem de € 30,8 bilhões refletem o impulso registrado na aviação comercial. A carteira de pedidos da EADS da ordem de mais de € 454 bilhões oferece uma base sólida para as entregas futuras. A posição de Caixa Líquido do Grupo de € 8,9 bilhões permanece um ativo essencial.

"Os pedidos das feiras aeroespaciais de Berlim e Farnborough refletem uma melhora no mercado de aviação comercial. Estou particularmente contente por ver o retorno das empresas de leasing de aeronaves. No entanto, a perspectiva institucional é mais desafiadora já que os orçamentos públicos nos nossos mercados internos estão sob severa revisão", afirmou Louis Gallois, CEO da EADS. "Nossas prioridades permanecem claras: melhorar a eficiência na produção do A380, desenvolver o A350 e finalizar o aditamento do contrato do A400M com os países clientes. Quero acrescentar que apresentamos nossa proposta para o programa do avião tanque da Força Aérea dos EUA e vamos lutar muito para vencer a concorrência novamente."


Nos primeiros seis meses, as receitas da EADS permaneceram estáveis em € 20,3 bilhões (no 1º semestre de 2009: € 20,2 bilhões). As entregas da Airbus Comercial (250 unidades) e Eurocopter (249 helicópteros) mantiveram-se praticamente estáveis em um nível elevado. O percentual de conclusão metodológica foi retomado no programa do A400M. No segundo trimestre, baseado no estabelecimento de metas internas, o programa obteve receitas em torno de € 300 milhões. Os países clientes e a EADS continuaram a trabalhar no sentido de um aditamento no contrato. Enquanto isso, os testes de vôo do programa A400M evoluem melhor do que o esperado, embora o desenvolvimento do Sistema de Controle de Voo esteja numa trajetória crítica, com mais desafios do que o esperado. Ações de controle de risco estão sendo realizadas. Os pressupostos de gestão de março de 2010 que sustentam as provisões calculadas para o A400M continuam válidos. Conforme indicado anteriormente, a reavaliação desses pressupostos poderá ter um impacto significativo nos resultados futuros.


O EBIT* antes de item único (EBIT* ajustado) – um indicador que capta a margem subjacente do negócio, excluindo despesas não recorrentes e lucros decorrentes de movimentos nas provisões ou impactos cambiais – situou-se em
€ 600 milhões para a EADS (no 1º semestre de 2009: € 1,3 bilhão) e cerca de € 300 milhões para a Airbus. O resultado foi beneficiado por uma boa performance dos programas atuais da Airbus e outras atividades empresariais. Como esperado, o A380 continua a influir de forma significativa no desempenho básico. Comparado ao primeiro semestre de 2009, o EBIT* antes de item único sofria com a deterioração das taxas de hedge e um maior investimento em Pesquisa & Desenvolvimento.


O EBIT* de € 406 milhões registrado pela EADS (no 1º semestre de 2009: € 888. milhões) foi impulsionado para baixo principalmente por impactos cambiais negativos excepcionais. A EADS tem, também, aperfeiçoado a sua estratégia de hedge em conformidade com as IFRS,
afetando o EBIT* e outros resultados financeiros, mas não impactando o EBIT* ajustado e o lucro líquido. Os impactos da taxa de câmbio pesaram significativamente sobre o EBIT* registrado em 2010 em cerca de € 550 milhões em relação ao primeiro semestre de 2009.


O Lucro Líquido totalizou € 185 milhões (no 1º semestre de 2009: € 378 milhões), ou um lucro por ação de € 0,23 (no 1º semestre de 2009: € 0,47). O resultado dos juros reflete a queda nas taxas de juros nos mercados financeiros. Os outros resultados financeiros melhoraram consideravelmente em cerca de € 270 milhões ano sobre ano. Essa linha inclui uma reavaliação positiva dos resultados de tesouraria do Grupo em dólares e libras.


As despesas auto-financiadas em Pesquisa & Desenvolvimento cresceram para
€ 1,301 milhões (no 1º semestre de 2009: € 1,172 milhões), impulsionadas por aumentos na Airbus, devido ao crescimento das atividades do A350 XWB, bem como dos investimentos em produtos de Defesa e Segurança e na Eurocopter.


O Fluxo de Caixa Livre antes do financiamento a clientes de € -470 milhões (no 1º semestre de 2009: € -948 milhões) reflete uma menor deterioração do capital de giro mas a diminuição do EBIT* ajustado. A mudança de capital de giro totalizou € -815 milhões (no 1º semestre de 2009: € -1.898 milhões). A mudança no capital de giro reflete, como previsto, um aumento nos estoques, principalmente na Airbus, embora a um nível muito inferior ao do primeiro semestre de 2009, que incluiu um crescimento na produção do A380, mas um baixo nível de entregas, bem como um descompasso entre a produção e a taxa de entrega das aeronaves de corredor único e de longo alcance no período. O influxo dos avanços ligados à atividade comercial da Airbus é superior à de um ano atrás, refletindo o aumento das encomendas de aviões comerciais. Alguns atrasos de pagamento nas áreas de defesa e negócios institucionais foram compensados pelas receitas para desenvolvimento de programas governamentais. As necessidades de financiamento aos clientes no primeiro semestre atingiram cerca de € 270 milhões. O Fluxo de Caixa Livre após o financiamento ao cliente atingiu a € -737 milhões (no 1º semestre de 2009: € -1.169 milhões).

A posição de Caixa Líquido da EADS de € 8,9 bilhões (no final do ano de 2009: € 9,8 bilhões) continua a oferecer uma base sólida para as necessidades operacionais do Grupo, bem como para o crescimento futuro. Ela reflete o consumo do Fluxo de Caixa Livre do primeiro semestre, bem como uma contribuição de € 300 milhões para os fundos de pensões.


A carteira de pedidos da EADS aumentou significativamente em € 30,8 bilhões em comparação com um ano atrás (no 1º semestre de 2009: € 17,2 bilhões), devido a maiores encomendas de aviões comerciais. Isso não inclui as encomendas registradas na feira aeroespacial de Farnborough. Até ao final de Junho de 2010, os pedidos em carteira da EADS situaram-se em € 454,5 bilhões (no final de 2009: € 389,1 bilhões), refletindo os aumentos da Airbus e da Astrium. A carteira de pedidos da Airbus comercial foi beneficiada por uma reavaliação do impacto positivo de cerca de € 56 bilhões, devido à taxa spot de fechamento do dólar, que cresceu significativamente desde o final do ano. A carteira de pedidos de defesa elevou-se a € 56,6 bilhões (no final do ano de 2009: € 57,3 bilhões).


O fortalecimento do dólar, se sustentado, irá melhorar a rentabilidade a partir de 2012. No curto prazo, a exposição líquida da EADS está quase totalmente coberta. No final de Junho de 2010, o valor da marcação a mercado da carteira de hedge do Grupo no fechamento da taxa spot era negativo em € 4,2 bilhões, livre de impostos, impactando os resultados de capital. Estes efeitos negativos sobre os ganhos de capital reverterão quando a atual carteira de hedge expirar e/ou o dólar enfraquecer ainda mais. Durante o segundo trimestre de 2010, a EADS investiu em opções de câmbio, bem como em contratos a prazo. Opções consomem menos capacidade de cobertura, favorecendo ao mesmo tempo um potencial beneficio de taxas mais favoráveis.


No caso de uma valorização drástica do dólar face ao euro, o tamanho da carteira de hedge e a volatilidade dos mercados financeiros poderiam limitar no longo prazo a disponibilidade da capacidade de hedge utilizando contratos futuros e podem pesar ainda mais sobre os ganhos de capital.

No final de junho de 2010 a EADS tinha 120.038 funcionários (no final do ano de 2009: 119.506).


Perspectivas


A
orientação da EADS é baseada em uma expectativa de € 1 = $ 1,35 para a média de fechamento da taxa de câmbio spot no segundo semestre e em dezembro.

O Grupo está ampliando a sua orientação para pedidos, receitas, rentabilidade e fluxo de caixa livre.


Dado o recente sucesso comercial em Farnborough e do número de campanhas em curso, a Airbus aumentou para mais de 400 a sua meta de pedidos para este ano inteiro. A produção mensal de aeronaves de corredor único será de 36 até o final deste ano, de 38 no terceiro trimestre de 2011 e de 40 no primeiro trimestre de 2012.


Por outro lado, o fluxo de pedidos do mercado civil de helicópteros deverá ser lento no segundo semestre de 2010. Nessa fase, em face da pressão sobre os orçamentos de defesa e institucionais, nenhum impacto significativo é esperado.

As entregas da Airbus devem ficar em torno de 500 aeronaves para todo o ano de 2010. As entregas da Eurocopter serão ligeiramente inferiores às do ano passado.


Usando essa taxa de câmbio e as previsões de entrega, o faturamento da EADS deverá aumentar para mais de € 44 bilhões.


Graças ao maior número de entregas esperado e a um aumento da rentabilidade do Grupo, o EBIT* ajustado da EADS deve chegar a cerca de € 1,2 bilhão em 2010. Na Airbus, o EBIT * ajustado do segundo semestre será inferior ao do primeiro semestre. Comparado com o primeiro semestre, o impacto positivo de volumes mais elevados e melhores preços será mais que compensado por maior P & D e pela deterioração das taxas de hedge em relação ao primeiro semestre do ano.


Projetando adiante, o desempenho do EBIT* da EADS ficará dependente da capacidade do Grupo para executar os programas do A400M, A380 e A350 XWB, em consonância com os compromissos assumidos com seus clientes. Considerando € 1 = $ 1,35, a EADS mantém a orientação para o EBIT* de cerca de € 1 bilhão, apesar dos impactos negativos excepcionais acumulados em divisas no primeiro semestre.


A EADS também está melhorando a sua orientação em relação ao fluxo de caixa livre. Dependendo de uma afluência sustentável de caixa dos negócios institucionais e governamentais até o final do ano e dos adiantamentos do pagamento da pré-entrega do programa A400M, o Fluxo de Caixa Livre antes do financiamento ao cliente deverá atingir o ponto de equilíbrio. O Fluxo de Caixa Livre após o financiamento ao cliente deverá ser negativo, devido às saídas de caixa para essa finalidade de cerca de € 600 milhões.


Divisões da EADS: retomada do mercado de aviões comerciais; ambiente de negócios institucionais desafiador


As receitas consolidadas da Airbus de € 13,853 milhões ficaram estáveis em relação ao mesmo período do ano passado (no 1º semestre de 2009: € 13,951 milhões). O EBIT* consolidado da Airbus totalizou € 104 milhões (no 1º semestre de 2009: € 519 milhões).

As receitas da Airbus Comercial ascenderam a € 12,965 milhões (no 1º semestre de 2009: € 13,204 milhões). As entregas ficaram praticamente estáveis em 250 aeronaves comerciais (no 1º semestre de 2009: 254 aeronaves). Comparadas a um ano atrás, as receitas da Airbus Comercial refletem volumes mais baixos mas um efeito de mix favorável, que inclui um maior número de entregas do A380. O impacto negativo do câmbio é de cerca de € 800 milhões. O EBIT* da Airbus Comercial caiu para € 241milhões em comparação com € 737 milhões no primeiro semestre de 2009. Isso inclui uma pequena melhora de preços, não reajustados, no segundo trimestre. Os efeitos negativos do câmbio pesaram sobre o EBIT * em cerca de € 500 milhões em relação a um ano atrás e o incremento em P&D foram impulsionadas por um aumento dos investimentos no programa do A350 XWB. O desenvolvimento do programa A350 XWB está progredindo, mas continua a ser um desafio. Além disso, o A380 continua a pesar de forma significativa sobre o desempenho, como esperado.

As receitas da Airbus Military aumentaram para € 1,007 milhão (no 1º semestre de 2009: € 855 milhões), beneficiadas por um aumento no volume das entregas de aviões tanques e de aeronaves médias e leves (M & L). Uma série de metas internas foi estabelecida no programa A400M como parte do retorno à metodologia de percentual de conclusão. Três metas para receitas foram atingidas durante o segundo trimestre, o que desencadeou uma receita de cerca de € 300 milhões. O EBIT* da Airbus Military ascendeu a € -161 milhões (no 1º semestre de 2009: € -218 milhões, valor pressionado pela provisão do A400M). Isso inclui o impacto da revalorização da moeda na provisão do A400M e uma recuperação dos custos fixos sobre o programa do A400M no montante total de € -176 milhões.


Nos primeiros seis meses, a Airbus Comercial registrou 117 pedidos firmes de aviões comerciais. Durante esse período, registrou 14 cancelamentos, em comparação com 22 aeronaves canceladas no primeiro semestre de 2009. Até o final de junho, a Airbus entregou 250 aeronaves comerciais, incluindo sete A380 e cinco aviões de corredor único em regime de locação operacional. Essas cinco aeronaves de corredor único não contam para efeito das receitas e margens. A Airbus Military registrou dois novos pedidos de aviões militares C-295 para o México no segundo trimestre. Até o final de junho, a Airbus Military entregou nove aeronaves.


A Lufthansa recebeu seu primeiro A380 em maio. Durante a ILA, feira aeroespacial de Berlim, em junho, a Airbus fechou contratos no valor de US$ 15,3 bilhões, incluindo um pedido de 32 A380 adicionais para a Emirates Airline com base em Dubai.


Com 133 pedidos firmes e 122 memorandos de entendimento (MOU), a feira aeroespacial de Farnborough, em julho, foi um grande sucesso para a Airbus. O valor total das 255 compromissos recebidos foi de US$ 28 bilhões e confirma um claro crescimento da demanda de aeronaves, apoiado pelo retorno ao mercado de países emergentes e locadores. Isso levou à decisão da Airbus de aumentar a taxa de produção de aeronaves de corredor único.


No Airbus Military, o programa de testes de vôo do A400M está evoluindo melhor do que o esperado. No entanto, o desenvolvimento do Sistema de Controle de Vôo está numa trajetória crítica, com mais desafios do que o esperado. Ações de controle de risco estão sendo realizadas. Além disso, o avião tanque de transporte multimissão A330 (MRTT) está fazendo progressos rápidos no sentido da certificação, e a primeira entrega para o seu operador de lançamento, a Força Aérea Real Australiana, está prevista para o quarto trimestre de 2010. Duas aeronaves já estão voando e outros cinco aviões estão sendo submetidos à conversão. A confiabilidade e o desempenho de vários dispositivos de reabastecimento foram validados em mais de 1.000 contatos envolvendo uma grande variedade de aeronaves, durante o dia e à noite.


Em 30 de Junho de 2010, a carteira de pedidos consolidada da Airbus foi avaliada em € 405,0 bilhões (no final de 2009: € 339,7 bilhões). A Airbus Comercial computou € 385,7 bilhões (no final do ano de 2009: € 320,3 bilhões), que equivalem a 3.355 unidades (no final do ano de 2009: 3.488 aeronaves), após um impacto de reavaliação positivo de cerca de € 56 bilhões, devido à taxa spot de fechamento do dólar que cresceu significativamente desde o final do ano. A carteira de encomendas da Airbus Military permaneceu estável em € 20,8 bilhões (no final do ano de 2009: € 20,7 bilhões).


Nos primeiros seis meses de 2010, as receitas da Eurocopter cresceram 11%, para € 2,109 milhões (no 1º semestre de 2009: € 1,908 milhão). Esse crescimento foi impulsionado por maior volume, alinhamentos favoráveis de receitas de serviços e progressos nas metas do Helicóptero Utilitário Coreano (KUH). O EBIT* da Divisão caiu para € 71 milhões (no 1º semestre de 2009: € 99 milhões). A contribuição positiva dessas receitas elevadas foi reduzida por uma despesa de reestruturação de € 40 milhões registrada no segundo trimestre relacionada com a execução do programa SHAPE, uma despesa e ajuste de margem sobre o programa NH90, bem como um aumento do investimento no produto.


No segundo trimestre, os primeiros NH90 NFH (versão naval) foram entregues à França e à Holanda. A entrega dos dois primeiros NH90 TTH para Omã também foi realizada no prazo, fazendo com que Omã fosse o 8º cliente a receber o NH90. A Eurocopter lançou duas novas versões de seus helicópteros EC145: o EC145 "Mercedes-Benz Style", uma edição especial incluindo o interior VIP desenvolvido em conjunto com a Mercedes-Benz, e o EC645, uma versão militarizada do EC145.


A tendência dos pedidos em carteira durante os primeiros seis meses manteve-se estável, com 140 pedidos líquidos registrados, em comparação com 138 no primeiro semestre de 2009. A tendência de cancelamentos é de desaceleração, com 27 helicópteros no primeiro semestre de 2010 em comparação com 59 no ano anterior. No entanto, o mercado comercial permanece incerto com uma demanda ainda muito inferior aos níveis de 2007/2008. As entregas no primeiro semestre totalizaram 249 aeronaves, incluindo 13 helicópteros NH90 Tigre. Estão sendo feitos progressos no programa NH90. A carteira de pedidos da Eurocopter permaneceu estável em € 14,7 bilhões (no final de 2009: € 15.1 bilhões), com 1.194 helicópteros (no final do ano de 2009: 1.303 helicópteros).


As receitas da Astrium no primeiro semestre de 2010 totalizaram € 2,110 milhões (no 1º semestre de 2009: € 2,194 milhões), refletindo uma contribuição positiva das atividades de defesa e dos serviços de telecomunicações. No entanto, no segundo trimestre de 2009, a Astrium registrou um efeito não recorrente para satélites de comunicações comerciais de cerca de € 200 milhões que não é compensado neste trimestre. O EBIT* melhorou em 7%, para € 106 milhões (no 1º semestre de 2009: € 99 milhões), graças ao aumento da produtividade nas atividades de defesa, bem como ao crescimento dos serviços de telecomunicações militares, parcialmente reduzido pelo menor volume de serviços de observação da Terra.


A Astrium registrou um trimestre histórico com o Ariane 5, marcando seu 37º lançamento consecutivo bem-sucedido e o lançamento de sete satélites Astrium no primeiro semestre do ano, seis dos quais em apenas um mês entre maio e junho. O impulso comercial continua com dois novos pedidos de satélites comerciais para o trimestre da Eutelsat Communications e da SES WORLD SKIES, ambos baseados em plataformas Astrium Eurostar E3000.
Dois satélites de observação da Terra foram encomendados para o Cazaquistão.

Os pedidos em carteira da Astrium atingiram € 2,7 bilhões no primeiro semestre de 2010. O incremento nos pedidos continuou tanto para clientes comerciais como institucionais. No entanto, estes foram significativamente menores do que no primeiro semestre de 2009 (€ 6,4 bilhões), que incluiu um lote de 35 lançadores Ariane 5 PB. No final de junho de 2010, a carteira de encomendas da Astrium chegou a € 15,5 bilhões (no final do ano de 2009: € 14.7 bilhões).

As receitas da Divisão de Defesa & Segurança (DS) no primeiro semestre de 2010 de € 2,183 milhões ficaram estáveis em relação ao ano anterior (no 1º semestre de 2009: € 2.161 milhões). O resultado reflete maior volume nos negócios principais, na exportação do Eurofighter e nos programas de mísseis, mas um menor volume nas atividades de serviços. O EBIT* totalizou € 110 milhões (no 1º semestre de 2009: € 143 milhões). Isso reflete um crescimento significativo no auto-financiamento em P&D que se concentrou principalmente na área sistemas aéreos não tripulados (VANTs) e no segmento de comunicação segura. O EBIT* antes de P&D foi estável.


A DS continuou a expandir sua rede global no segundo trimestre, formando várias alianças estratégicas: com a RUAG da Suíça, para cooperação em programas internacionais, como o Eurofighter, incluindo manutenção, reparos e vistoria, design, desenvolvimento e produção; com a Odebrecht no Brasil, para criação de uma base industrial local; e com a Atlas Elektronik, na criação da Sofrelog Atlas Maritime Security, fornecedora líder global de segurança marítima e soluções de segurança. Além disso, a DS saiu-se bem no segmento UAS, com o EuroHawk (construído pela Northrop Grumman e a DS) tendo concluído com sucesso seu primeiro vôo.


No final de junho de 2010, a carteira de pedidos da Divisão manteve-se estável em € 18,5 bilhões (no final do ano de 2009: € 18,8 bilhões). Isso representa uma plataforma sólida para futuras entregas. A carteira de pedidos no primeiro semestre de 2010 atingiu os € 1,9 bilhão incluindo um pedido da Eurofighter Apoio Logístico Integrado no segundo trimestre.


Sedes e Outras Atividades (não pertencentes a nenhuma divisão)

As receitas com Outras Atividades aumentaram 15 por cento, para € 554 milhões (no 1º semestre de 2009: € 480 milhões). Esse aumento foi impulsionado por entregas e maior atividade de gestão de ativos da ATR, bem como por um crescimento das entregas de Helicópteros Utilitários Leves (LUH) da EADS North America. O EBIT* de outras atividades totalizou € 0 (no 1º semestre de 2009: € 2 milhões). A deterioração é explicada principalmente por impactos negativos de câmbio na ATR.


A ATR entregou 27 aeronaves no primeiro semestre (no 1º semestre de 2009: 21 aeronaves) e recebeu pedidos de 11 unidades (no 1º semestre de 2009: 12 unidades). Nenhum cancelamento foi registrado. A perspectiva para as entregas em 2010 permanece estável, com uma menor taxa de produção conforme o esperado. Enquanto o mercado está melhorando, com 31 pedidos e 30 opções registradas durante a feira aeroespacial de Farnborough, o ambiente de financiamento continua difícil. No final de junho de 2010, a carteira de pedidos da ATR chegou a 117 aeronaves.


No início de julho, a EADS North America apresentou a sua proposta como contratada principal do programa de modernização dos aviões tanque da Força Aérea dos EUA. O Departamento de Defesa dos EUA afirmou claramente que a EADS North America é um fornecedor qualificado e capaz de executar todas as responsabilidades de contratada principal, incluindo os trabalhos confidenciais


O crescimento bem sucedido do programa LUH continua. Todos os helicópteros foram entregues a tempo ou antes do prazo previsto. Juntamente com sua equipe industrial da American Eurocopter e Lockheed Martin, a EADS North America vai construir três aeronaves
Armed Aerial Scout (AAS) 72X Technology Demonstration para missões de observação aérea armada do Exército dos EUA, que proporcionam o reconhecimento aéreo e de segurança durante as operações de combate. O AAS-72x é derivado do helicóptero utilitário leve UH-72A Lakota, que é amplamente considerado como um dos programas de aquisição de maior sucesso na história do Exército dos EUA. Em 30 de junho de 2010, a carteira de pedidos de Outras Atividades permaneceu estável em € 2,0 bilhões (no final de 2009: € 2,0 bilhões).


Para mais informações, consulte www.eads.com

* A EADS usa o EBIT antes de desvalorização de fundo de comércio e itens excepcionais como um indicador chave de seu desempenho econômico. O termo “itens excepcionais” se refere a itens tais como despesas de depreciação de ajustes de valor justo relacionados à fusão da EADS, à unificação da Airbus e à formação da MBDA, assim como os respectivos gastos com prejuízos.

Sobre a EADS

O Grupo EADS - European Aeronautic Defence and Space Company é líder mundial nos segmentos aeroespacial, de defesa e serviços relacionados. Em 2009, faturou 42,8 bilhões de Euros e empregou mais de 119 mil pessoas no mundo todo. O Grupo inclui a Airbus, maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, e a Airbus Military, responsável por aviões de reabastecimento aéreo, de transporte e de missão; a Eurocopter, maior fornecedora mundial de helicópteros; e a EADS Astrium, líder européia em programas espaciais. Sua divisão de Defesa & Segurança é fornecedora de soluções de sistemas abrangentes, tornando a EADS a principal parceira no consórcio Eurofighter e acionista na empresa fornecedora de sistemas de mísseis MBDA.

No Brasil, a EADS mantém investimentos há mais de 30 anos, tendo iniciado sua presença por meio da Helibras, subsidiária local da Eurocopter. Também está presente através da EADS Brasil, da EADS Secure Networks Brasil e de escritórios de representação da Airbus Military e da Spot Image. É acionista da Equatorial Sistemas e desenvolve parcerias de longo prazo com clientes como a TAM, Forças Armadas, Polícia Federal, Agência Espacial Brasileira (AEB), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e as forças policiais estaduais.


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