Salvador: Aumento da demanda faz do aeroporto o principal gargalo para a Copa de 2014
João Pedro Pitombo e Eduardo Martins
Com fluxo de 7 milhões de passageiros, aeroporto de Salvador tem movimento 61% maior que há 5 anos a Infraero descartou a construção de uma segunda pista de pousos e decolagens no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães para a Copa do Mundo de 2014. A notícia informada à reportagem de A TARDE pelo secretário executivo da Ministério do Esporte, Alcino Reis, que esteve em Salvador esta semana, coloca em xeque a capacidade futura do aeroporto.
Com uma estrutura para receber cerca de 6 milhões de passageiros por ano, o Aeroporto Luís Eduardo Magalhães já ultrapassou a sua capacidade e registrou, no ano passado, um movimento de 7 milhões de turistas. Um cenário que faz da infraestrutura aeroportuária o principal gargalo a ser superado por Salvador para receber os milhares de visitantes que deverão desembarcar na cidade durante a Copa do Mundo.
Segundo levantamento feito junto à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o número de passageiros que utilizam o aeroporto cresceu 61% nos últimos cinco anos, levando em conta dados do primeiro bimestre, entre 2006 e 2010. A demanda cresceu mais significativamente desde o ano passado, quando o número de passageiros em janeiro e fevereiro saltou de 1,8 milhão para 2,3 milhões.
Tumulto – Este aumento do fluxo de passageiros também é percebido por quem frequenta o aeroporto. Na última quarta-feira, a equipe de A TARDE constatou um movimento que lembrava os mais conturbados dias do Verão, época em que os turistas pululam pela cidade. Filas nos guichês de check-in, aglomeração na entrada do portão de embarque, carros disputando espaço para desembarcar bagagens na entrada e estacionamento beirando o limite. Resultado: passageiros impacientes e descontentes.
Mesmo com a Infraero tendo descartado a conclusão da segunda pista até 2014, o governo do Estado encara a obra como uma prioridade. Segundo o coordenador técnico da Casa Civil do estado, Álvaro Lemos Brito, o projeto está em fase de licença ambiental. “A questão ambiental acabou se tornando um entrave porque a área da segunda pista é uma duna, o que gera algumas restrições. Por isso, está havendo algum atraso no processo de licenciamento”, explica.
Uma inspeção técnica já foi feita pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA). A decisão sobre o licenciamento, no entanto, deverá ser tomada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cepram). A próxima reunião do conselho acontece na sexta-feira, dia 30.
Fonte: A TARDE ONLINE, via NOTIMP