Bombeiros de Chapecó concluem treinamento de combate a incêndios em aeronaves
Curso é exigência da Anac para liberar a restrição de venda de passagens no aeroporto local
Darci Debona
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Os bombeiros de Chapecó concluíram nesta quinta-feira um curso de combate a incêndio em aeronaves, uma das exigências da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) para liberar a restrição de venda de passagens no aeroporto Serafim Enoss Bertaso, vigente desde o início do ano.
O curso de 100 horas foi dividido em dois módulos. O primeiro foi destinado aos combatentes e o segundo, com o uso de um carro de combate à incêndio, foi destinado a motoristas e chefes de socorro.
Os bombeiros receberam orientações de posicionamento e a melhor forma de utilizar o caminhão, que tem dois canhões de espuma e água com alcance de até 77 metros. O veículo é equipado com 5,7 mil litros de água, 800 litros de espuma e 200 quilos de pó químico.
De acordo como instrutor da Aeronáutica Dario Galdino, os bombeiros têm apenas quatro minutos para evitar que possíveis sobreviventes morram devido ao calor e à fumaça. Por isso, em aeronaves maiores, não dá tempo de apagar o fogo, e sim de resfriar a fuselagem e abrir uma rota de fuga.
O sargento Luiz Antonio Capeleto foi um dos participantes do curso. Ele afirmou que o incêndio em aeronave é diferente de um na cidade, devido ao risco do grande volume de combustível no avião.
— Em casas a gente usa mais água, e na aeronave, vai principalmente a espuma — explicou.
Para o comandante do 6º Batalhão de Bombeiros Militares de Chapecó, major Luiz Carlos Balsan, a partir de agora a corporação conta com 39 soldados e civis capacidados para atuar no posto instalado no aeroporto.
— Nós cumprimos as exigências da Anac — disse.
Balsan reconheceu que o treinamento era necessário, pois a corporação tinha apenas conhecimentos básicos de operação do carro de combate a incêndio.
— Agora podemos dar um atendimento diferenciado, o que aumenta as chances de salvar vidas — concluiu.
A administração do aeroporto está tentando retirar a restrição de vendas de passagens com antecipação de apenas 15 dias, o que tem prejudicado passageiros que não conseguem planejar suas viagens ou conseguir descontos. O aeroporto de Chapecó movimenta 15 mil passageiros por mês
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE, via NOTIMP