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Embraer planeja deter 20% do mercado com cargueiro






André Vieira

Fabricante brasileira pretende lançar em 2016 avião capaz de substituir o Hercules.

O presidente da Embraer, Frederico Curado, estima que o cargueiro aéreo KC-390, que vem sendo desenvolvido pela empresa com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), poderá alcançar 20% de participação do mercado alvo.

Foto: DivulgaçãoImagem


Embraer KC-390: meta de alcançar 20% do mercado mundial de cargueiros aéreos.

"O universo de aviões que a gente estima está em torno de 700 aeronaves, o que daria 140 aviões", disse Curado.

O KC-390 é a grande aposta da Embraer no mercado de defesa. Nunca a fabricante brasileira produziu um avião tão grande, assinalou Curado.

O avião, que deve voar a partir de 2016, tem o porte de um Boeing 767 - uma aeronave da aviação civil de 55 metros de comprimento capaz de levar 200 a 300 passageiros.

O cargueiro KC-390 poderá viajar com velocidades rápidas e lentas, abastecido em pleno voo e transportar 21 toneladas de carga. Poderá aterrissar em pistas não-pavimentadas ou cobertas por gelo.

A ideia é Embraer é exportá-lo, e o governo brasileiro negocia parcerias com outras nações.

"O Estado brasileiro está tendo o diálogo com algumas nações para que elas façam parcerias no projeto, algo que transcende a Embraer industrialmente", disse Curado. As conversas estão sendo feitas com Chile, Colômbia, África do Sul e Portugal, afirmou.

A Embraer poderá ter uma relação de compra de peças e componentes com fabricantes destes países e venda do avião para essas nações. "É uma visão que os americanos e europeus praticam de ter programas liderados pelo próprio país. Não é só a Embraer que cresce mais também o País."

Cargueiro aéreo

O KC-390 é apontado como substituto do Hércules, o grande cargueiro aéreo construído nos EUA na metade do século passado. Mais de 2 mil aeronaves deste porte voam pelos céus mundo afora.

Mas a empresa avalia que só conseguirá vender para países que não possuem programas de cargueiros aéreos, o que exclui países como Estados Unidos e Rússia. O Brasil possui 22 unidades do Hercules, que serão substituídas pelo KC-390.

Frederico Curado salientou, contudo, que o fato de o avião ter características de apoio tático e de transporte faz com que seu mercado alvo seja maior. "Não é um avião de defesa da soberania", disse.

Fonte: PORTAL IG, via NOTIMP




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