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As regras da Anac são boas. Mas como fazer?






Marcelo Ambrosio

A nova regulamentação que a Agência Nacional de Aviação Civil lançou é boa para o passageiro.

Mas ainda uma incógnita em termos práticos em um mercado onde as situações ocorrem de forma atípica. Na relação entre as empresas aéreas e o passageiro, a parte mais fraca continua levando a pior pelo fato, entre outros motivos, de as demandas surgirem em uma situação de dependência: é preciso embarcar, então já se parte do princípio que algum acordo, mesmo prejudicial, é melhor do que permanecer em terra e perder compromissos sociais importantes, negócios, reuniões e até concursos públicos.

Assisti a uma confusão há dois meses no Santos Dumont por conta de voos atrasados em função de um temporal às cinco da tarde.

Detalhe: a decolagem no bilhete era para 21h20.

Nessas horas, você lembra da regra e se pergunta: bom, passou já o tempo previsto, é hora de exigir o que está previsto na lei. Porém, quando se chega no checkin, em geral o operador do balcão não sabe, ou é orientado para tal, resolver a questão. E aí fica-se à espera de uma justificativa que só Deus sabe quando e de que forma será apresentada.

No caso em que citei, a explicação só apareceu às 23h15. E dizia apenas que havia uma tentativa de arrumar um voo para Guarulhos.

Quem pediu o hotel e a comida, a supervisora fingiu não ter escutado. E ficou assim.

Se o horário passar uma hora do previsto, as empresas precisam oferecer internet ou telefones. Conhecendo a maneira como funcionam os guichês de checkin, a quem se deve procurar para obter? O Santos Dumont, para citar um aeroporto que conheço bem, tem facilidades para quem quer ligar celulares e notebooks.

E há conexão wireless.

Vão dar cartão quando surgir o atraso? Conhecendo o dia a dia de aeroportos que dependem muito de condição climática, como é esse caso, já dá para imaginar o pânico das companhias de terem de franquear internet e fornecer cartões telefônicos nessa hora. Sim, porque uma hora (podem até discordar mas é a realidade nos nossos terminais), não é mais atraso há muito tempo.

No caso de cancelamento, quero ver se será cumprida a cláusula que obriga a companhia a endossar o bilhete para outra. Nenhuma faz isso e eu mesmo experimentei passar a manhã retido em Congonhas por conta de uma deficiência apenas com a empresa que escolhera. Criar a regra é ótimo, mas se não estabelecer como será aplicada, pouco adiantará.

Fonte: JORNAL DO BRASIL, via NOTIMP




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