Decolagem limpa
A aviação é tida como uma das principais vilãs do aquecimento global. E não é para menos, já que emitem cerca de 3% de todo dióxido de carbono
E não é para menos, já que as aeronaves respondem por algo entre 2% e 4% de todas as emissões de dióxido de carbono (CO2). Empenhadas em mudar essa imagem, as grandes empresas passaram a apostar no desenvolvimento de combustíveis renováveis. A opção da brasileira TAM é pelo pinhão-manso.
Na terça-feira 27, a direção da companhia anunciou que pretende colocar no ar, no segundo semestre, um de seus Airbus A320 (foto) abastecido em quantidades iguais de bioquerosene e querosene de aviação tradicional. Segundo a TAM, o uso do pinhão-manso permitiria reduzir entre 65% e 85% a emissão em relação ao insumo usado atualmente. Apenas com combustível as companhias do setor gastam US$ 136 bilhões por ano valor que representa 28% de suas despesas. A seguir, outras experiências semelhantes para tornar a aviação mais limpa:
Empresa: Air France
Aeronave: Boeing 747-400ER
Combustível: querosene de aviação
Data: abril de 2010
Projeto: a empresa pretende investir US$ 3 bilhões em um programa de gestão que inclui definição de velocidade, altitude e outros procedimentos operacionais que permitam que a frota atual economize até 20% de combustível
Aeronave: Ipanema
Combustível: etanol
Data: 2005
Projeto: o primeiro avião do mundo produzido em escala comercial a operar com biocombustível. Custa R$ 654 mil, mas consome 10% menos que a versão a gasolina
Empresa: Embraer
Empresa: KLM
Aeronave: Boeing 747
Combustível: bioquerosene de camelina
Data: novembro de 2009
Projeto: o primeiro voo do gênero deu origem à SkyEnergy, fabricante de combustível que passa a disputar o mercado de biocombustível para aviação, estimado em US$ 50 bilhões
Empresa: consórcio liderado por Bertrand Piccard
Aeronave: Solar Impulse
Combustível: energia solar captada por placas voltaicas
Data: em abril de 2010 fez um voo de uma hora e meia na Suíça
Projeto: já consumiu US$ 93 milhões e em 2012 a aeronave dará a volta ao mundo
Fonte: REVISTA ISTO É DINHEIRO, via NOTIMP