Brasil e Peru farão exercício conjunto na região de fronteira (Amazônia)
As Forças Aéreas do Brasil e do Peru concluíram nesta semana (17 a 20 de maio) o planejamento para a realização da quarta edição da Operação PERBRA, um exercício binacional realizado desde 2004 na região de fronteira entre os dois países.
Nesta etapa, foram discutidos e formalizados os acordos necessários para a realização do exercício, assim como os procedimentos a serem seguidos durante as missões de defesa do espaço aéreo.
A reunião começou no dia 18 de maio, em Lima, com a presença do Comandante do Comando Operacional de Defesa Aérea Peruana (COMCA), Major-General Carlos Alberto Bohórquez Castellares, do Adido Aeronáutico do Brasil naquele país, Coronel-Aviador Robson Grandelle, e do chefe da comitiva brasileira para a PERBRA IV, Coronel-Aviador Álvaro Mário Pandolpho da Costa e Silva, responsável pelo Setor de Operações do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).
“É importante continuar com esses exercícios de integração entre os dois países”, afirmou o comandante da defesa aérea peruana.
Segundo o Coronel Pandolpho, a Operação PERBRA vem auxiliando no aprimoramento de procedimentos e acordos para a vigilância da fronteira comum, além de possibilitar a troca de informações sobre a região. “Que a operação seja mais um passo para aumentar a integração entre as duas forças”, disse.
O exercício será realizado de 21 a 25 de junho, tendo como bases as cidades de Cruzeiro do Sul, no Acre, do lado brasileiro, e de Pucallpa, próxima da fronteira, do lado peruano. Na prática, a operação colocará as duas Forças Aéreas diante de uma das situações que mais merecem atenção na região: o tráfego de aeronaves clandestinas, de pequeno porte, não-autorizadas a voar (no dia-a-dia, alguns desses vôos fazem o transporte de produtos ilícitos, como drogas).
Para o treinamento militar real, aeronaves de transporte das Forças Aéreas Brasileira e Peruana irão simular vôos irregulares, que serão detectados pelos radares de defesa aérea e interceptados pela aviação de caça.
Do lado brasileiro, serão empregadas aeronaves A-29 Super Tucano, as mesmas que formam a linha de frente de vigilância da fronteira amazônica.