Não mais o cara?
"Analistas veem sinais de distensão em acordo militar entre Brasil e EUA", postou a BBC Brasil, de Washington. Peter Hakim, do Inter-American Dialogue, diz ser "correção de rumo" após os conflitos sobre Irã e bases na Colômbia. E que o acordo coincide com a distensão também na frente comercial.
Para Adam Isacson, do Center for International Policy, os EUA tentam "reconquistar" o aliado. Confirmado por "fontes do Departamento de Estado", o acordo deve manter a "posição cautelosa do Brasil na relação militar com os EUA" e, segundo Mark Weisbrot, do Center for Economic and Policy Research, não deve sofrer oposição dos vizinhos.
Por outro lado, Christopher Sabatini, da Americas Society, escreveu no Huffington Post contra a "retórica" do Departamento de Estado, ao insistir, por exemplo, na "relação paternal com o Brasil". Argumenta que "não é preciso concordar com ele, mas diplomacia de megafone não é o que fazemos com a Europa Ocidental, e o Brasil está certo de reclamar".
E a "Foreign Policy" postou a lista dos encontros confirmados de Obama com outros líderes, na cúpula da semana que vem em Washington. Nada de Brasil. O chinês Hu Jintao, o indiano Manmohan Singh e o sul-africano Jacob Zuma, sim. Lula, "parece", não.
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO, via NOTIMP