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ICEA: berço dos controladores





Quem viaja de avião muitas vezes não conhece o sistema complexo que gerencia rotas, pousos, decolagens, missões de salvamento, inspeções de aeronaves e outras atividades básicas para a ordem do céu.

O órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelo controle de tráfego aéreo brasileiro é o D E C E A (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Tudo o que diz respeito à segurança, navegação aérea, controle de tráfego, comunicações e tecnologia de informações aeronáuticas, é de responsabilidade deste departamento.

A capacitação de profissionais que trabalham nesta área depende de conhecimento avançado e constante atualização. É neste sentido que atua o Instituto de Controle do Espaço Aéreo, o ICEA. Sediado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, o ICEA reúne equipamentos modernos de controle de tráfego aéreo, usados para capacitação de profissionais, pesquisas e desenvolvimento tecnológico para o setor.

Na sede de São José, acontece a maioria dos treinamentos, tanto para militares quanto para controladores civis, da Infraero (Empresa Brasileira de Infra- estrutura Aeroportuária) e de operadores de plataformas marítimas. Em 2009, mais de 2000 alunos participaram dos cursos do ICEA.

A auditoria da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) encontrou 100% de conformidades no ICEA na última vistoria em 2009. O Brasil ocupa o 2º. lugar no mundo em serviços de navegação.

Cindacta

No Brasil, o que foi feito para economizar acabou trazendo benefícios para a defesa de nosso espaço aéreo, segundo o Tenente-Coronel Ricardo Barion, diretor do ICEA. “Os radares utilizados para separar aeronaves em rotas seguras são os mesmos que vigiam o céu”.

Devido a isso, nos Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), controladores de tráfego aéreo convivem lado a lado com militares. No caso de algum evento que necessite ação militar, a comunicação é imediata, permitindo que decisões sejam tomadas sem demora. “Este modelo é bem visto pelo mundo da defesa aeronáutica”, afirmou Barion.

Há quatro Cindactas no Brasil: em Manaus, Recife, Brasília e Curitiba. Nestes centros, também ficam plantonistas da equipe de Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR). Esta é a equipe responsável pelas missões realizadas quando algum acidente ocorre dentro do espaço aéreo brasileiro.

LAB SIM ATC

O Laboratório de Simulação em Controle de Tráfego Aéreo foi alocado num prédio próximo ao DCTA depois da crise de 2007, quando o acidente envolvendo o Boeing da Gol e um Legacy em 2006 colocou em dúvida o sistema de controle de tráfego aéreo.

A necessidade de treinar novos controladores e atualizar os antigos foi o que motivou a criação deste laboratório. No ambiente simulado, os controladores se revezam aleatoriamente nas funções de pilotos e controladores de tráfego. A alternação de funções aperfeiçoa o treinamento.

Atualmente, equipes de Recife e de Brasília estão fazendo atualizações, pois as rotas de seu limite aéreo foram alteradas após pesquisas realizadas no próprio ICEA. As mudanças estão previstas para acontecer no dia 10 deste mês.

Barion

Em janeiro deste ano, o Tenente-Coronel Aviador Ricardo Barion assumiu a direção do instituto. Ele foi chefe da Divisão de Capacitação e Treinamento Profissional do DECEA e, antes de ser promovido a diretor do ICEA, foi chefe da Divisão de Ensino da Instituição.

“Esta nomeação foi um prêmio”, disse ele, que representa bem o clima do Instituto que dirige. Em agosto, Barion será promovido a Coronel.

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“comunicação imediata permite decisões rápidas” RICARDO BARION, Tenente-Coronel, diretor do ICEA

Fonte: ADC NEWS, via NOTIMP




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