Jobim prepara anúncio de compra dos caças Rafale durante seminário
O primeiro evento do ciclo de seminários Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras, promovido pelo Ministério da Defesa em parceria com instituições públicas e privadas de renome nacional, terá início na próxima quinta-feira, dia 25 de março de 2010, na sede da Fundação Getúlio Vargas. Analistas do setor, ouvidos pelo Correio do Brasil, acreditam que será a oportunidade que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, queria para anunciar a compra dos caças franceses Rafale.
O seminário intitulado O Cenário Global de Segurança abordará as grandes questões relacionadas ao sistema internacional de segurança a partir de perspectivas brasileiras. "Tradicionalmente, pela falta de reflexão consolidada nesse campo, o Brasil consome as visões produzidas em outros países a respeito dos contornos da problemática de segurança e defesa em termos mundiais", afirma o Ministério da Defesa, em nota.
O seminário, que contará com alguns dos mais destacados pensadores brasileiros nesse campo de estudo, também representa "oportunidade singular para o aprofundamento do conhecimento sobre segurança internacional – faceta das relações internacionais de relevância crucial para o Brasil, país que tenderá a ocupar posição crescentemente decisiva no concerto das nações", acrescenta a nota do Ministério.
A abertura do encontro terá a participação do ministro Jobim, do Ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, do Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal.
Franceses à frente
Neste fim de semana, circulou pelos principais meios militares a notícia de que Jobim teria desconsiderado o ranking da Aeronáutica, no qual o caça sueco Gripen NG ficou em primeiro lugar na renovação da esquadrilha da FAB e teria priorizado a transferência de tecnologia de caças proposta pelos franceses. Jobim respondeu ao relatório dos militares um arrazoado no qual teria desqualificado as possibilidades de transferência de tecnologia tanto do caça sueco quanto do norte-americano F-18, o que deixa o caça francês Rafale em situação previlegiada.
Ainda segundo o noticiário especializado, o ministro alerta para o fato de o F-18 ser norte-americano e o sueco Gripen NG conter componentes produzidos nos EUA, entre eles o motor, o que coloca o Brasil em desvantagem, posto os EUA, que têm regras rígidas de transferência de tecnologia, impedirem a Embraer de vender os aviões Super Tucano à Venezuela, por este conter peças produzidas nos Estados Unidos.
Fonte: Correio do Brasil, via NOTIMP