Pelotão do Batalhão de Infantaria do Rio de Janeiro faz história na Força Aérea
O pelotão composto por um capitão, na função de Oficial de ligação, um tenente como comandante, três sargentos, três cabos e mais 23 soldados embarcaram na madrugada dia 17 de janeiro rumo a Porto Príncipe com a missão de prover a segurança e defesa das instalações do Hospital de Campanha da Aeronáutica (HCAMP) e da Unidade Celular de Intendência (UCI).
“Destaco-os como os precursores desta Missão. Os senhores representaram muito bem o não só Batalhão de Infantaria Especial do Rio de Janeiro (BINFAE- RJ), mas também a Força Aérea Brasileira e o Brasil”, estas palavras introduziram o discurso de boas-vindas do Major-Brigadeiro-do-Ar Élcio Picchi, comandante do Terceiro Comando Aéreo Regional (COMAR III), aos militares que retornaram nesta semana (10/2) da missão no Haiti. Os militares integraram o primeiro pelotão de Infantaria da Aeronáutica a cumprir uma missão no exterior.
“Foram 24 dias de permanência, 24 dias de serviço. A equipe superou as diferenças da cultura e, principalmente da língua, aprendendo algumas palavras principais do creole, língua falada na região, e integrando ao grupo dois habitantes do local para servir de intérprete no contato com a população”, relatou o Oficial de ligação, Capitão de Infantaria Paulo Roberto da Silva, do efetivo do Batalhão de Infantaria Especial dos Afonsos (BINFAE-AF).Para o Terceiro Sargento Tiago Souza de Andrade, 26, integrante da equipe de segurança, foi uma experiência única: “As haitianas chegavam grávidas ou desesperadas com o filho morrendo, era um desafio controlar as pessoas no meio daquela situação extrema. Estamos felizes. Foi nossa primeira oportunidade de levar o nome da Infantaria além da fronteira do Brasil”, concluiu.
Mas não foi só o pelotão de Infantaria que passou por desafios e momentos marcantes. Do lado da equipe médica, cirurgias, exames, partos fizeram parte do dia-a-dia dos trabalhos. A tenente Adriana Reis Miller, 33, da equipe do Hospital de Campanha fez uma balanço dos trabalhos até agora: “Salvamos vidas, trouxemos vida. A gente leva carinho, amor, dedicação, saúde, água, comida, é difícil até para falar”, relatou emocionada na chegada ao Rio de Janeiro.
Os 15 militares do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial do Rio de Janeiro, BINFAE RJ, 9 militares da equipe de saúde do Hospital de Campanha, 5 militares de apoio à Unidade Celular de Intendência e 2 militares do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicação e Controle (1°/1° GCC) retornaram a bordo de um C-130 Hércules do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT).
