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A portuguesa TAP dança em aeroportos para rejuvenescer a marca

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Lílian Cunha
de São Paulo

Segunda-feira, 15h, saguão de embarque do Aeroporto Internacional de São Paulo. De repente, começa uma música no sistema de som da Infraero. Funcionários da companhia TAP que trabalhavam normalmente pulam do balcão e começam a dançar. Outros usuários e passageiros se juntam à coreografia. A cena, que parece ter saído de um clipe, aconteceu de verdade, ontem em Cumbica. Foi promovida pela companhia portuguesa como uma homenagem à cidade de São Paulo, que completou ontem 456 anos de fundação, e também para marcar os 25 anos do aeroporto de Cumbica.

Foram pouco mais de sete minutos em que as atenções se voltaram para cerca de 50 dançarinos e funcionários da companhia que dançavam ao som de canções italianas, armênias, indianas e portuguesas. A ação, conhecida como "flash mob", terminou com "Pelados Em Santos", da banda Mamonas Assassinas (cujos integrantes morreram em um acidente aéreo em 1996).

"A ideia é, além de fazer um tributo à cidade e ao aeroporto, mostrar que a companhia é diferente e jovem", diz Francisco Guarisa, diretor de marketing da TAP, que fez ação semelhante no aeroporto Santos Dumont, na quarta-feira 20 passada, dia de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro. No aeroporto carioca, funcionários e dançarinos bailaram ao som de sambas e músicas que homenageiam a cidade. "Em São Paulo a intenção era lembrar a face cosmopolita da capital paulista", diz ele.

A TAP fez sua estreia no mundo dos "flash mobs" no aeroporto de Lisboa, no ano passado , com apresentações instantâneas nas vésperas do Natal e do Ano Novo. Diferente de uma apresentação de dança comum ou de um show, os "flash mobs" se diferenciam por que começam de repente. O fenômeno começou a pipocar em 2003, quando internautas combinavam estar em algum lugar público e movimentado para uma determinada ação inespereda. Em Londres, por exemplo, cerca de 200 pessoas marcaram um encontro em uma grande loja de móveis. Permaneceram caladas olhando os produtos e, na hora combinada, saíram todas ao mesmo tempo.

Meio esquecidos nos últimos anos, os "flash mobs" foram resgatados pela publicidade no ano passado pelo canal americano Fox, para promoção do seriado Glee, no qual jovens cantam e dançam músicas dos anos 80 a todo o momento. Um dos eventos reuniu centenas de pessoas na Galeria Alberto Sordi, em Roma.

Assim como o "flash mob" da Fox, os da TPA também podem ser vistos na internet, no site Youtube. "As apresentações também são exibidas a bordo e os passageiros podem até se reconhecer no filme", diz Guarisa. O executivo não revela o investimento na ação nem mesmo a verba de marketing da companhia para 2010. Mas os "flash mobs" são conhecidos por ser uma forma barata de promoção e que se espalha pela rede, o chamado "marketing viral". Além disso, funcionam para chamar a atenção de um consumidor cada vez mais difícil de ser conquistado. "A surpresa da apresentação descontrai passageiros que estão tensos, pegando filas e preocupados com a alfândega", afirma o diretor. Por isso, a apresentação acaba associando a marca TAP a um momento de pausa e descanso - o que pode ser bom para os negócios da aérea, que previa uma queda de 8% no número de passageiros de seus voos entre Brasil e Europa em 2009. Ao todo, a empresa previa transportar 1,127 milhão de pessoas em 2009.

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP








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