Perdas globais devem ser de US$ 5,6 bi em 2010
Assis Moreira
de Genebra
As companhias aéreas sofreram em 2009 o maior declínio no número de passageiros de sua história. Para 2010, mesmo com melhora na demanda, elas devem ter perdas de US$ 5,6 bilhões. A estimativa é da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que representa 230 companhias e 93% do tráfego aéreo internacional.
Em 2009, o número de passageiros caiu 3,5% em relação a 2008, enquanto o "load factor", que mede a proporção de assentos ocupados, foi de 77,6%. Em dezembro, a sinalização foi melhor para 2010. As companhias cortaram o número de capacidade (assentos disponíveis) em 0,7%. O número de passageiros subiu 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para Giovanni Bisignani, diretor-geral da Iata, em termos de demanda, as companhias perderam 2,5 anos de crescimento no mercado de passageiros e 3,5 anos no de negócio de cargas. Nesse cenário, a demanda de passageiros ficará de 5% a 10% abaixo do nível de antes da crise global. O faturamento e a lucratividade vão melhorar muito mais lentamente do que o aumento da demanda.
As companhias da América Latina tiveram 7,1% a mais de passageiros em dezembro comparado ao mês de 2008. Mas a alta foi de apenas 0,3% durante todo o ano, freado por temores com a gripe suína (H1N1) no segundo e terceiro trimestres. As empresas do Oriente Médio foram as que se saíram melhor em 2009 (ver tabela).
O transporte aéreo de cargas caiu 10,1% em 2009, refletindo a queda de 13% no comércio internacional. Em dezembro, houve melhora de 24,4% na demanda, em relação ao mesmo período de 2008, com ocupação de 54,1%. Esse desempenho foi exagerado pela queda das cargas em dezembro de 2008, no meio da crise global.
Fonte: SITE UOL, via NOTIMP