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Brasil e Itália em missão conjunta

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Equipes de ambos os países partirão para Porto Príncipe a bordo do porta-aviões Cavour

Gisela Magalhães

A quantidade de brasileiros voluntários dispostos a ajudar, in loco, as vítimas do haiti é maior, mas o porta-aviões italiano Cavour, que chega amanhã a Fortaleza, só poderá receber mais 75 pessoas – entre elas, 26 civis da área médica – que se somarão às 900 a bordo que rumarão para Porto Príncipe, onde ficarão por 30 dias, numa ação conjunta entre as marinhas do Brasil e da Itália. Entre os italianos, além da tripulação, estão médicos e engenheiros dispostos a auxiliar os haitianos vítimas do terremoto que devastou o país.

O navio, que tem previsão de chegada ao haiti entre os dias 1º e 2 de fevereiro, foi projetado para ser empregado em missões humanitárias e calamidades. A embarcação conta com hospital emergencial de 35 leitos, duas salas de cirurgia equipadas para fazer procedimentos complexos, oito unidades de terapia intensiva, sala de raios-x e ressonância magnética, laboratório, emergência e triagem.

De acordo com o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil na Itália, Mário Trampetti, a missão é uma “concordância das propostas dos dois países em relação ao haiti”.

Os voluntários civis brasileiros foram indicados pelo Ministério da Saúde – são cinco médicos e seis enfermeiros especialistas em ortopedia e terapias intensivas.

Já a equipe da Marinha, também voluntária, será composta por seis médicos e oito en-fermeiros – especialistas em evacuação aeromédica, segundo informou ontem, no Rio, o sub-chefe do comando de operações navais e contra-almirante José Aloysio de Melo Pinto.

– O haiti foi destruído e não há estrutura médica. A necessidade de atendimento ainda é muito grande e não parou, mesmo após três semanas da tragédia. Este porta-aviões permite realizar cirurgias de maior complexidade – ressaltou o contra-almirante.

Par ceria Brasil e Itália já fizeram operações navais conjuntas anteriormente, como os exercícios realizados na área da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Além disso, oficiais brasileiros costumam fazer cursos de especialização na Itália.

“Um bom intercâmbio”, segundo o militar.

A Marinha brasileira também pretende enviar um navio ao haiti, em 1º de fevereiro. O Almirante Saboia, abastecido de 700 toneladas de materiais, vai reabastecer as tropas brasileiras e fornecer ajuda humanitária ao povo haitiano.

Fonte: JORNAL DO BRASIL, via NOTIMP





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